Hoje quando entrei na sala da 5ª série “B” (pois sou professor de Artes, mesmo sendo estudante de História, não me pergunte com o que tem a ver), me deparei com dois alunos brigando, e os colegas fazendo aquela agitação colocando mais lenha na fogueira. Prontamente coloquei minhas coisas no birô, e fui pra cima separar os dois, resolver o embate e tomar as devidas atitudes disciplinares com os dois alunos. Certo, consegui apartá-los e acalmar a turma fazendo com que a paz reinasse novamente naquele ambiente escolar. Com as coisas quase resolvidas, um dos alunos que estava brigando correu para fora da sala fugindo da escola, gritando que ia buscar a “máquina” para matar o seu rival. O termo máquina está entre aspas na frase anterior porque é a palavra que eles utilizam para designar uma arma. Neste momento a turma entrou em pânico, todos queriam sair da sala e foi um alvoroço terrível! Segundo os alunos que estavam fora da escola, o que se comprometeu em buscar uma arma para assassinar o colega havia voltado e de fato, estava armado. Enquanto isso eu não permiti que os alunos saíssem da sala, pois seria lá que eles estariam seguros, inclusive o que estava sendo ameaçado de morte, e eu aconselhei que quando acabasse o período de aula, ele não saísse da escola, e esperasse para que a diretoria comunicasse aos seus pais sobre o ocorrido. Tudo foi resolvido, pois a diretoria tomou as devidas atitudes, chamando os pais dos alunos. Mas o fato é que a própria família do aluno armado, segundo os outros alunos, era envolvida no mundo da criminalidade.
Com toda esta história, eu posso observar a diferença existente entre os meus tempos de colegial e esses de agora. Antes, se houvesse uma briga entre dois alunos, ambos eram obrigados a fazerem as pazes, e tudo estava resolvido, pois mesmo obrigados eles de fato se reconciliavam e voltavam a ser colegas. Atualmente podemos observar como o ódio e o desejo de vingança está fazendo parte do imaginário das nossas crianças e adolescentes. Você pode me questionar se esses meus alunos são de comunidades carentes, sim eles são, mas eu em meus tempos também morava numa favela, e a gravidade de uma briga não chegava nem aos pés dessa que eu relatei agora pouco. Será a criação dos pais? Será a própria sociedade, se agravando ainda mais em seus problemas sociais? O que tem acontecido para que houvesse essa transformação no comportamento das nossas crianças?
Mais uma questão para se refletir...
De fato a situação da violência na sociedade tem crescido bastante. E a escola não está ausente desse câncro!
ResponderExcluirInfelizmente, o problema começa em casa. Independente da situação econômica vivenciamos uma crise de valores e o desrespeito faz parte da vida de muitos lares.
Nunca imaginaríamos que a situação chegaria ao ponto de um professor entrar na sala de aula e ver alunos se agredindo tão brsucamente.
Lembro-me que ao ensinar numa escola do bairro do Recife. Deparei-me com cena semelhante a esta caro amigo Juarlysson. Mas o pior é que o aluno
ao discutir com a prima a sua tia ficou furiosa e o segurou e disse: "Vá, "fulaninha" morda o pescoço dele e chupe o seu sangue dele todinho"!
Aquilo me deixou preocupadíssímo, mas enfim, essa é a deplorável situação da falta de amor no ser humano. Cabe a nós professores conscientizarmos nossos alunos de que o mundo pode ser melhor quando construido com amor, carinho, respeito, fraternidade e paz.
Infelizmente amigo, nós professores, ainda vamos encontrar situações mais lamentáveis. Outro dia lhe conto a experiência que tive com uma aluno meu
Por hoje deixo somente a vc uma breve frase para refletirmos:
" O mundo justo e mais igualitário seria mais desejado e alcançado se não houvesse a violência que tão de perto nos rodeia e aterroriza-nos".
W.C.L.N
Otimo blog...
ResponderExcluirContinue assim... pensando sempre... e escrevendo sempre!
Faz bem a saúde!
Parabéns!
Abraços!